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Assessoria de Imprensa da Mitfokus.
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Como abrir uma empresa médica?

Como abrir uma empresa médica?

Médico recém-formado deve contar com a ajuda de uma contabilidade especializada em medicina

Definitivamente, abrir uma empresa médica não é tarefa fácil. Pelo contrário: a começar pelos registros nos órgãos públicos e exigências específicas para cada processo, passando pelo desafio da formalização e depois pela burocracia para mantê-la aberta, esses fatores podem transformar o sonho de empreender em pesadelo. Por isso, a MitFokus Soluções Financeiras preparou este post no qual você aprenderá a ser uma pessoa jurídica no segmento médico e de saúde, respondendo às principais dúvidas que um novo empreendedor pode ter nessa jornada.

Primeiramente, quem pensa em abrir uma empresa médica tem que tirar o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), escolhendo atuar como microempresa (ME), empresa de pequeno porte (EPP) ou empresa de médio porte. No primeiro caso (ME), há um limite de faturamento bruto anual de até R$ 360 mil e contratação de até 9 funcionários. Para a EPP, o teto de receita bruta, por ano, é de R$ 360 mil a R$ 4,8 milhões e possibilidade de admitir de 10 a 49 empregados. Por fim, uma empresa de médio porte não tem limite de receita e oferece a chance de admissão de 50 a 99 funcionários.

Depois, é necessário elaborar e registrar o Contrato Social na Junta Comercial do Estado. A documentação para abertura da empresa médica pode variar dependendo do estado ou cidade, mas normalmente em todos os entes da Federação são necessários RG e CPF; comprovante de endereço; certidão de nascimento ou, se casado(a), certidão de casamento; e a cópia do IPTU ou documento que conste a inscrição imobiliária ou indicação fiscal do imóvel onde o estabelecimento será instalado.

Regime tributário

Após isso, o médico empresário terá que escolher o regime tributário, dentro das opções Simples Nacional, cujos tributos são recolhidos por uma única guia, o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional); Lucro Presumido, que é o mais escolhido entre os médicos PJs, porque alguns municípios concedem benefícios fiscais para as empresas tributadas nesse formato; e Lucro Real.

A apuração do Lucro Presumido, como o próprio nome indica, diz respeito ao quanto será pago de impostos. O cálculo é feito com base em uma conferência simplificada do valor do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Uma das principais regras para se optar por esse regime tributário é faturar abaixo de R$ 78 milhões ao ano. Já o Lucro Real, considerado o mais complexo de todos e apontado para quem fatura mais de R$ 78 milhões, é calculado sobre os balancetes e demonstrativos de resultados financeiros mensais da pessoa jurídica.

Natureza jurídica

Outro passo importante na abertura da empresa é a escolha da natureza jurídica, a qual delimita as questões societárias e as normas que cada um dos sócios deve cumprir. As opções para os médicos são somente duas: Sociedade de Médicos e Profissionais de Saúde, que é um tipo empresarial que conta com a reunião de sócios que formalizam um negócio na área da saúde, como uma clínica médica, por exemplo; e Sociedade Limitada Unipessoal (SLU), na qual não há necessidade de sócio para abertura, não exige um valor mínimo de capital social e que separa o patrimônio pessoal do empreendedor do patrimônio da empresa. Esta última é a mais adotada por médicos que querem ser os únicos donos de suas empresas, sem a participação de outros profissionais na formação do negócio.

Impostos

Outra preocupação dos médicos que querem empreender é o quanto eles pagarão de impostos, e isso depende do regime tributário escolhido, cujas alíquotas são específicas por faixa de receita.

Receita bruta total em 12 meses Alíquota Quanto descontar do valor reduzido
Até R$ 180 mil 15,5% 0
A partir de R$ 180 mil até R$ 360 mil 18% R$ 4.500,00
A partir de R$ 360 mil até R$ 720 mil 19,5% R$ 9.900,00
A partir de R$ 720 mil até R$ 1 milhão e 800 mil 20,5% R$ 17.100,00
A partir de R$ 1 milhão e 800 mil até R$ 3 milhões e 600 mil 23% R$ 62.100,00
A partir de R$ 3 milhões e 600 mil até R$ 4 milhões e 800 mil 30,50% R$ 540.000,00

No Simples Nacional, a profissão, comumente, está encaixada no anexo V, cujas alíquotas são específicas por faixa de receita. Mas, é recomendável fazer um cálculo para determinar com exatidão a faixa de tributação do negócio. Essa apuração tem um nome – Fator R –, cujo resultado serve para definir se o negócio se enquadra mesmo no anexo V, ou está mais propenso a permanecer no anexo III deste regime tributário.

Por sua vez, no Lucro Presumido os percentuais variam conforme a atividade exercida. Neste caso, a área da saúde recebe uma alíquota que começa na margem de 7,93% e segue até 16,33%, mais o adicional do imposto de renda.

No Lucro Real, a alíquota é de 15% sobre o lucro obtido. Porém, se esse valor for superior a R$ 20 mil por mês, deve ser pago mais 10% sobre a quantia excedente.

Ademais, toda empresa médica precisa ter registro ou cadastro PJ no Conselho Regional de Medicina (CRM) na jurisdição de atuação do médico, com documentações pessoais e da empresa, termos de responsabilidade, licença de funcionamento da Vigilância Sanitária, entre outros. O registro PJ é voltado para empresas prestadoras de serviço com personalidade jurídica; enquanto o cadastro PJ é destinado aos estabelecimentos hospitalares e de saúde.

A complexidade dessa gestão faz com que médicos percam cerca de R$ 1,6 milhões ao longo da carreira, em tributos pagos a maior para os cofres públicos, uma vez que ao lidar com o regime tributário de forma errada, a consequência é o pagamento indevido de impostos, taxas e contribuições, o que em curto prazo comprometerá a saúde financeira do negócio, gerando multas, problemas fiscais com a Receita Federal e, em caso mais grave, até falência.

Como vimos, abrir uma empresa médica não é um processo simples para quem é leigo no assunto, a exemplo dos profissionais da saúde. O mais aconselhável a ser feito, para evitar dúvidas ou erros, é ter o suporte de alguém realmente especializado. Na MitFokus Contabilidade Médica, que conta com uma plataforma 100% estruturada para as mais diversas realidades médicas, o cliente, sem precisar sair de casa ou do consultório, tem, além do CNPJ, toda uma assessoria mensal para o funcionamento e evolução do negócio.

Para abrir sua empresa médica com a Mitfokus, acesse aqui

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Proporção de Médicos no Brasil é Similar à do Japão

Proporção de Médicos no Brasil é Similar à do Japão

Mais da metade dos profissionais têm menos de 55 anos

 

Em duas décadas, o Brasil mais que dobrou a densidade de médicos no país. Esse quadro é consequência da abertura de novas vagas de graduação, entrada de médicos estrangeiros, prolongamento do tempo de atividade e adiamento da aposentadoria. É o que revela a “Demografia Médica 2023”.

Essa expansão impactou a densidade de médicos no país e permite comparar a realidade brasileira com a de países desenvolvidos. Conforme relatório, no início dos anos 2000 existiam 1,29 médicos por mil habitantes. Atualmente, a proporção é de 2,6 profissionais, similar ao Japão (2,6) e próximo dos Estados Unidos (2,64) e Canadá (2,77).

Fonte: Scheffer M. et al., Demografia Médica no Brasil 2023; OCDE
Razão de médicos por 1.000 habitantes, segundo países selecionados

 

Médicos por habitantes

Em decorrência da abertura de cursos e vagas nos últimos anos, em 2021 o Brasil passou a ter uma taxa de 11,75 médicos graduados para cada 100 mil habitantes, um patamar próximo ao da Finlândia (12,19), Suíça (12,91) e Alemanha (12,03).

Vale ressaltar que esse aumento significativo da relação médicos/habitantes nas últimas duas décadas não expressa a distribuição heterogênea de profissionais no território brasileiro. Pelo contrário, esconde uma grande desigualdade na concentração de médicos que se concentram mais nas regiões Sul e Sudeste do que no Norte e Nordeste do país. 

 

Fonte: Scheffer M. et al., Demografia Médica no Brasil 2023; OCDE
Percentual de médicos com 55 anos ou mais em relação ao total de médicos, segundo países selecionados

 

Faixa etária

A média geral de idade dos médicos no Brasil vem declinando nos últimos anos. Em 2022, apenas 28% deles tinham mais de 55 anos, evidenciando uma profissão relativamente jovem e com tendência para a maior presença feminina

Em contrapartida, Itália e Estados Unidos têm mais da metade dos profissionais acima de 55 anos. Esse indicador é importante porque permite mostrar se o número de médicos em formação será suficiente para substituir o contingente que se afasta do mercado de trabalho, devido à aposentadoria, óbito ou por outro motivo.

Esse cenário dependerá da manutenção da política de abertura de cursos e vagas de medicina, o que implicará em maior ou menor entrada de médicos jovens. 

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Especialidades médicas: clínica médica e pediatria são as mais comuns

Especialidades médicas: clínica médica e pediatria são as mais comuns

8 de 55 campos de atuação representam mais da metade do total de registros de especialistas no país

Clínica médica, pediatria e cirurgia geral são as especialidades médicas com maior número de registro de especialistas na medicina. É o que aponta a Demografia Médica do Brasil (DMB) 2023, estudo conduzido pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

De acordo com o estudo, existem 56.979 médicos registrados em clínica médica, seguida de pediatria (48.654), cirurgia geral (41.547), ginecologia e obstetrícia (37.327), anestesiologia (29.358), ortopedia, traumatologia (20.972), medicina do trabalho (20.804) e cardiologia (20.324). Ao todo, as oito especialidades listadas representam mais da metade (55,6%) do total de registros de especialistas.

Fonte: Scheffer M. et al., Demografia Médica no Brasil 2023
Registros de médicos especialistas, segundo especialidades, em 2022

Especialidades em baixa

O estudo indicou, ainda, os dez campos de atuação menos buscados pelos profissionais da medicina. São eles: genética médica, medicina de emergência, radioterapia, medicina física e reabilitação, medicina nuclear, cirurgia de mão, cirurgia torácica, medicina esportiva, cirurgia de cabeça e pescoço, patologia clínica/medicina laboratorial.

Ao todo, essas especialidades somam 2,3% do total de médicos, ou seja, 10.984 médicos atuam nessas funções. De acordo com os dados demográficos do estudo, dos 495.716 médicos registrados com títulos de especialistas, 57.477 profissionais (11,6%) estão com mais de um CRM. Isso significa que eles podem exercer a profissão em mais de uma Unidade da Federação.

Evolução do número de especialistas

Os dados da DMB também mostram que o número de registros de especialistas no país passou de 268.218, em 2012, para 495.716, em 2022, um aumento de 84,8%. Além disso, ao longo dos últimos dez anos algumas áreas pelo menos dobraram o número de especialistas, é o caso de clínica médica, medicina da família e comunidade e radiologia e diagnóstico por imagem. Entre as especialidades que apresentaram entre 80% e 100% de crescimento estão: ortopedia e traumatologia, cirurgia vascular, endocrinologia e metabologia.

As especialidades que apresentaram menor crescimento relativo – variando entre 20% e 50% em uma década – foram ginecologia e obstetrícia, acupuntura, medicina preventiva e social, cirurgia pediátrica, cirurgia cardiovascular, medicina física e reabilitação e homeopatia.

A única especialidade que apresentou declínio (de 2,4%) na série histórica foi patologia clínica e medicina laboratorial, cujo número de especialistas diminuiu de 1.617 para 1.578.

Especialistas, segundo gênero

O estudo aponta que os homens são maioria em 36 das 55 especialidades médicas e as mulheres predominam em 19 delas. Urologia, ortopedia, traumatologia e neurocirurgia são as áreas com maior predominância entre os homens (mais de 90% entre os especialistas).

Fonte: Scheffer M. et al., Demografia Médica no Brasil 2023
Médicos especialistas segundo sexo e razão masculino/feminino, em 2022

Em compensação, as mulheres são maioria em dermatologia. São 8.236 médicas registradas no país, o que corresponde a 77,9% dos profissionais da área. Mas, o gênero feminino é minoria em todas as especialidades cirúrgicas, com 25% do total de registros. O índice de mulheres também é maior na pediatria (75,6%).

Outras duas áreas com maior índice de médicas são alergia e imunologia e endocrinologia e metabologia: ambas com 72,1% do corpo médico. As áreas com proporção equilibrada entre homens e mulheres são nutrologia, medicina física e reabilitação e gastroenterologia.

Para saber mais sobre o estudo, acesse o link aqui.

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